Característica climática se estende por todo o país, que na primeira semana do ano tem apresentado grande volume de chuvas e umidade elevada do ar
O calorão que atingiu parte do país durante a primavera foi amenizado com a entrada do verão. Os fenômenos responsáveis pela queda de temperatura nas últimas duas semanas são os altos índices de chuvas somados à umidade elevada do ar, características principais dessa época do ano.
Como fica a previsão do tempo em janeiro?
De acordo com o Inmet, a primeira quinzena de janeiro será com bastante umidade e registro de chuva em praticamente em todo o Nordeste. Alguns dos principais sistemas meteorológicos típicos de verão, como a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e a formação de uma provável Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) irão contribuir para a ocorrência de pancadas de chuvas, acompanhadas de rajadas de vento na região.
Os fenômenos também chegam em todo o Centro-Oeste, Sul e Sudeste, atingindo mais intensamente os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, que estão sob alerta de chuvas intensas, de acordo com o Inmet.
— O calor e a umidade são um padrão bem típico do verão. A Zona de Convergência do Atlântico Sul que favorece chuvas de três a quatro dias, podendo até atuar um pouco mais. E é justamente essas chuvas, fracas, moderadas, em alguns momentos fortes acompanhadas de trovoadas e rajadas, que deixam as temperaturas um pouco mais amenas — explica a meteorologista do Inmet, Andrea Ramos.
Até o dia 15, um canal de umidade provocado pela Zona de Convergência do Atlântico Sul, poderá se formar entre o norte da Região Sudeste (Minas Gerais), centro-sul da Bahia e dos estados do Maranhão e Piauí. Essa configuração poderá gerar volumes expressivos de chuva, com acumulados entre 150 e 250 milímetros.
Região Sul com chuvas
Grande parte do Sul do país também passa por mudanças de temperatura devido às fortes chuvas. A instabilidade, de acordo com o MetSul Meteorologia, se concentra principalmente no Leste de Santa Catarina, que recebe umidade que vem do mar, interagindo com o relevo da Serra para gerar precipitação.
A chuva volumosa mais a Leste do Sul do Brasil é de natureza orográfica. A chuva orográfica é a precipitação induzida pelo relevo. Umidade que vem do oceano, trazida por vento, ao encontrar a barreira do relevo da Serra do Mar, ascende na atmosfera e encontra temperatura mais baixa à medida que ascende na atmosfera com camadas mais frias.
Fonte: O GLOBO
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