Segundo comandante de batalhão, pouco antes do crime o rapaz compareceu a evento em bairro vizinho ao que morava e em que acabou morto dentro de casa; investigações estão a cargo da Polícia Civil
As circunstâncias da morte de Cauã Nascimento Silva, de 19 anos, seguem em apuração pelas autoridades do Acre. Sobrinho-neto da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o rapaz foi executado com três tiros dentro de casa, no bairro Taquari, em Rio Branco. Segundo a Polícia Militar, a área onde o crime ocorreu vem sendo palco de uma intensa disputa entre facções rivais nos últimos meses.
As investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o tenente-coronel Felipe Russo, comandante do 2º Batalhão da PM, responsável pela segurança na região, Cauã costumava comprar drogas com traficantes que atuam em sua vizinhança.
Antes de ser assassinado, contudo, o jovem teria postado fotos em uma festa realizada em outro bairro, dominado por uma quadrilha adversária à que agia nas proximidades de sua residência. Ao retornar, ainda conforme narra o tenente-coronel, Cauã foi visto escrevendo a sigla alusiva a este segundo grupo criminoso em muros perto de casa.
Chefe de gabinete da Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o coronel Paulo Cézar Gomes da Silva, que também já comandou a PM do Acre, conta que os confrontos entre facções no bairro Taquari intensificaram-se desde o fim de 2023. Ainda assim, Gomes da Silva pontua que, por ora, é "difícil dizer" quais seriam as motivações exatas para a execução de Cauã.
Só este ano, segundo a PM, foram mais de cem prisões e apreensões de menores na região onde ocorreu o crime. A localidade também computou 60 armas apreendidas e 11 mortes.
— Nosso efetivo não é suficiente, o de nenhuma polícia é. Temos recebido apoio operacional de outros batalhões da PM, e também da Sejusp — afirma o tenente-coronel Felipe Russo, destacando o “aumento expressivo” no número de homicídios.
Armas apreendidas pela polícia na região onde o crime ocorreu — Foto: Divulgação
Ao lamentar a morte do parente, na noite desta terça-feira, Marina Silva ressaltou que o sobrinho-neto foi "vítima da criminalidade que destrói vidas, principalmente de jovens de bairros da periferia". "Que Deus sustente e console nossa família", escreveu a ministra do Meio Ambiente no X (ex-Twitter).
A postagem foi seguida de uma série de mensagens de solidariedade, uma delas enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Meus sentimentos, companheira Marina", publicou o chefe do Executivo.
Além de Lula, políticos como os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Benedita da Silva (PT-SP) também publicaram sua condolências. Líder do governo no Congresso e ex-membro do mesmo partido de Marina, a Rede, Randolfe Rodrigues foi outro a lamentar o assassinato.
Fonte: O GLOBO
As investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). De acordo com o tenente-coronel Felipe Russo, comandante do 2º Batalhão da PM, responsável pela segurança na região, Cauã costumava comprar drogas com traficantes que atuam em sua vizinhança.
Antes de ser assassinado, contudo, o jovem teria postado fotos em uma festa realizada em outro bairro, dominado por uma quadrilha adversária à que agia nas proximidades de sua residência. Ao retornar, ainda conforme narra o tenente-coronel, Cauã foi visto escrevendo a sigla alusiva a este segundo grupo criminoso em muros perto de casa.
Chefe de gabinete da Secretaria estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o coronel Paulo Cézar Gomes da Silva, que também já comandou a PM do Acre, conta que os confrontos entre facções no bairro Taquari intensificaram-se desde o fim de 2023. Ainda assim, Gomes da Silva pontua que, por ora, é "difícil dizer" quais seriam as motivações exatas para a execução de Cauã.
Só este ano, segundo a PM, foram mais de cem prisões e apreensões de menores na região onde ocorreu o crime. A localidade também computou 60 armas apreendidas e 11 mortes.
— Nosso efetivo não é suficiente, o de nenhuma polícia é. Temos recebido apoio operacional de outros batalhões da PM, e também da Sejusp — afirma o tenente-coronel Felipe Russo, destacando o “aumento expressivo” no número de homicídios.
Armas apreendidas pela polícia na região onde o crime ocorreu — Foto: Divulgação
Ao lamentar a morte do parente, na noite desta terça-feira, Marina Silva ressaltou que o sobrinho-neto foi "vítima da criminalidade que destrói vidas, principalmente de jovens de bairros da periferia". "Que Deus sustente e console nossa família", escreveu a ministra do Meio Ambiente no X (ex-Twitter).
A postagem foi seguida de uma série de mensagens de solidariedade, uma delas enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Meus sentimentos, companheira Marina", publicou o chefe do Executivo.
Além de Lula, políticos como os deputados federais Chico Alencar (PSOL-RJ), Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Benedita da Silva (PT-SP) também publicaram sua condolências. Líder do governo no Congresso e ex-membro do mesmo partido de Marina, a Rede, Randolfe Rodrigues foi outro a lamentar o assassinato.
Fonte: O GLOBO
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