Os dois suspeitos de matar a criança de 3 anos em Indaial foram presos
A mãe e o padrasto de Isabelle de Freitas afirmaram que bateram na menina para aplicar uma "correção", segundo a Polícia Civil de Santa Catarina (SC). A vítima "morreu de tanto apanhar", conforme relato do delegado-geral Ulisses Gabriel. O casal foi indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
Os suspeitos teriam agredido a menina até a morte e depois colocado o corpo dentro de uma mala para enterrar nas proximidades da BR 470, escondendo o crime. De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Indaial, que pediu a prisão temporária, o desaparecimento foi noticiado à Polícia Militar pelos suspeitos no dia 4.
— Eles alegaram (que deram as pancadas) para fins de correção, por problemas rotineiros, como o fato de a criança não querer se alimentar, por exemplo — revelou o delegado Filipe Martins.
Imagens de câmera de segurança mostram o momento em que a mãe e o padrasto abandonam a mala, já vazia, usada para esconder corpo da menina até o enterro. Os policiais encontraram os restos mortais da criança nesta quarta-feira, dois dias após o crime. O casal confessou o assassinato, informou a Polícia Civil. A localização do cadáver foi indicada pelo próprio padrasto de Isabelle.
Segundo a polícia, inicialmente, os pais da criança criaram uma narrativa de que a menina teria sido sequestrada e levada num carro, porém com o avançar das investigações ficou comprovado que as alegações do casal foram combinadas entre eles e não se sustentava.
A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Indaial - com atribuição na área da infância e juventude - já havia iniciado uma apuração de possíveis maus-tratos na família da vítima, em procedimento instaurado a partir de relatório do Conselho Tutelar. As denúncias que originaram a atuação da rede eram anônimas.
No procedimento, o Ministério Público, de acordo com os protocolos de atuação na área da infância, buscava reunir elementos mais concretos a respeito da família, em especial sobre os supostos maus-tratos, em parceria com o Conselho Tutelar e os órgãos da rede de proteção, como o CREAS.
Fonte: O GLOBO
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