Autarquia aconselha que condutores evitem o Centro da cidade por conta dos diversos pontos de interdição. Desvio pode ser feito pela Terceira Ponte, que fica na rodovia Via Verde.
O nível do Rio Acre continua subindo em Rio Branco e por esse motivo, o trânsito no Centro e no Segundo Distrito da capital sofreram alterações na segunda-feira (4). A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans) orienta os condutores a evitarem o congestionamento do Centro da cidade.
Contexto: O nível do Rio Acre alcançou a marca de 17,84 metros na medição das 6h desta terça-feira (5), segundo a Defesa Civil de Rio Branco, aumentando três centímetros em comparação com a última medição feita na segunda-feira (4), às 18h. O nível se manteve às 9h. Em 2024, já são 48 bairros e 18 comunidades rurais atingidos pela cheia em Rio Branco, e mais de 4,6 mil pessoas precisaram deixar suas casas segundo a prefeitura da capital, com dados desta terça (5).
O superintendente da autarquia, Clendes Vilas Boas, pede para que quem circula pelo Centro, faça o desvio pela Terceira Ponte, que fica na rodovia Via Verde. "A Via Verde é o lugar mais adequado para fazer o desvio desses problemas ocasionados pelo fenômeno da natureza", complementa.
Vilas Boas afirma ainda que a Ponte Metálica não está interditada, mas não está dando acesso a bairros que estão interditados no Segundo Distrito.
"A Ponte Juscelino Kubitschek, que é mais conhecida como [Ponte] Metálica, ela [a circulação] está normal. Porém, o condutor, quando cruza essa ponte, não vai poder virar para a direita na Rua 24 de Janeiro. Ele vai virar à esquerda, que vai culminar, saindo da [rua] Sebastião Dantas e voltando para o Centro da cidade, porque não pode virar na Chico Mendes, que está interditada por causa da alagação, e nem para a Seis de agosto", disse.
Orientações
Segundo a superintendência, os pontos de interdição no Segundo Distrito são:
Rua 24 de Janeiro, onde ficava a antiga Câmara Municipal de Rio Branco
Rua Drº Pereira Passos – rua do Parque Capitão Ciríaco. Interdição vai até a Ponte Coronel Sebastião Dantas, conhecida como Ponte de Concreto
Rua Eduardo Assmar - onde fica a Gameleira
Rua Seis de Agosto - interditada tanto pela Avenida Amadeo Barbosa quanto pela caixa d’água
Bairro Cidade Nova - região sem acesso por nenhum lado.
Rua Presidente Médici, que dá acesso da Via Chico Mendes para ao Estádio Arena da Floresta
Monitoramentos estão sendo feitos pela RBTrans nos locais mais afetados. Segundo a autarquia, agentes estão orientando a população, sobre a segurança viária, com apoio da Defesa Civil.
Vilas Boas ainda destaca que o importante é que as pessoas compreendam que esse momento é o momento de um desastre. Ele diz que o fluxo do trânsito foi reduzido e pede coerência, paciência, tolerância e se possível, desvio dos locais mais conflituosos.
"Estamos fazendo o possível para que as pessoas entendam que esse momento é caótico, causado pelo fenômeno da natureza", falou.
Trânsito no Centro de Rio Branco sofre alterações; RBTrans destaca rotas que devem ser feitas pelos motoristas — Foto: Reprodução/RBTrans
Em todo o estado, pelo menos 27.434 pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização feita pelo governo do estado nesta terça (5), por conta do transbordo de rios e igarapés na capital e no interior. Além disso, 19 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes e quatro pessoas já morreram em decorrência da cheia.
Cheia na capital
Com o nível atual de 17,84 metros, a capital está a menos de 60 centímetros da maior cota histórica já registrada, que é de 18,40 metros em 2015. Essa já é a segunda maior cheia da história, desde que a medição começou a ser feita, em 1971.
Nesta segunda-feira (4), uma comitiva do governo federal chegou ao Acre para dar assistência aos atingidos pela cheia. Vieram, entre outros, o ministro de Desenvolvimento Regional, Waldez Góes e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Em entrevista coletiva, ele disse que as ajudas humanitárias ao estado devem superar os R$ 30 milhões que foram enviados no ano passado, quando o Rio Acre e igarapés transbordaram na capital.
Em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) de sexta-feira (1º), o governo do Acre declarou emergência em saúde pública no estado em razão da cheia dos rios e o volume das chuvas que atingem 19 municípios do estado, desde o dia 21 de fevereiro. O decreto tem vigência de 180 dias.
Fonte: G1
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