Técnicos aceitaram reajuste proposto pelo governo federal no auxílio alimentação, saúde e creche. Movimento grevista segue em busca do reajuste salarial e da reestruturação da carreira.
Os servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal do Acre (Ufac) aceitaram, nesta terça-feira (16), a proposta do governo federal sobre os reajustes de auxílio alimentação, creche e saúde. contudo, a greve segue no Acre.
O texto que o governo colocou na mesa, na segunda (15), concede o reajuste já a partir de maio deste ano:
o auxílio alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil (alta de 51,9%);
a assistência à saúde complementar per capita média (auxílio saúde) de R$ 144,38 para cerca de R$ 215;
a assistência pré-escolar (auxílio creche) de R$ 321 para R$ 484,90
A assembleia de greve para discutir as pautas do movimento ocorreu no anfiteatro Garibaldi Brasil, em Rio Branco. Os servidores aderiram ao movimento nacional no dia 11 de março e o movimento é organizado pelo Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação de Terceiro Grau do Acre (Sintest/AC).
"Nossa categoria aqui do Sintest/AC deliberou por aceitar essa proposta, mas nós continuamos em greve. Até porque esse não é um eixo principal da nossa greve, o eixo principal é o reajuste ideal para 2024 e a reestruturação da nossa carreira, que é o PCC-TAE. Portanto, a gente continua em greve", destacou o advogado Charles Brasil, um dos coordenadores do movimento.
Na próxima sexta (20), os servidores participam de uma reunião com o governo federal para debater sobre a proposta do reajuste salarial e reestruturação da carreira. "É aguardar essa reunião para ver se vem alguma contraproposta do governo e aí vamos analisar na semana que vem", resumiu.
A categoria nacional reivindica as seguintes melhorias:
Recomposição salarial;
Restruturação do Plano de Cargas, Carreira e Remuneração (PCCR);
Recomposição do orçamento das universidades, que há bastante tempo vem sofrendo cortes e restrições;
Revogação de atos administrativos que foram criados no governo Bolsonaro e que precarizam o trabalho;
Contra reforma administrativa.
Já os servidores do estado acreano colocaram em pautas algumas necessidades locais, como:
Recomposição no quadro de servidores;
Construção do Hospital Universitário da Ufac;
Criação de uma moradia estudantil para alunos de cidades do interior;
Debate de política de combate ao assédio moral dentro da universidade.
Matrícula suspensas
Por conta da paralisação, as matrículas na Ufac estão suspensas e pode prejudicar o início do ano acadêmico, previsto para iniciar na segunda (23). À Rede Amazônica Acre, a pró-reitora de graduação, Ednaceli Damasceno, disse que já foi feita chamada regular, que é a primeira, contudo, nem metade das vagas foram preenchidas pelos alunos do primeiro período dos cursos.
Das 2,3 mil vagas, pouco mais de mil foram ocupadas. "Então, temos ainda que retomar essas matrículas dos ingressantes, que inclusive a aula nem vai começar segunda-feira, dos primeiros períodos, porque não concluímos as matrículas institucionais via Sisu [Sistema de Seleção Unificado]. Isso causa uma defasagem entre o calendário acadêmico desses alunos ingressantes em relação aos alunos veteranos dos outros períodos", lamentou.
Fonte: G1
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