O Rio deve ganhar o equivalente a 12 campos de futebol em escritórios de alto padrão até o fim de 2026, quebrando um “jejum” que já dura seis anos, prevê relatório do Itaú BBA com base em dados da plataforma SiiLA.
O levantamento considera lajes corporativas das classes A e A+ (alto padrão) localizadas em regiões centrais para escritórios, como Barra da Tijuca, Centro e Zona Sul. O novo “estoque” vai chegar no momento em que a taxa de vacância — leia-se: o espaço vazio — é considerada elevada na cidade, em 34%. (Em São Paulo, a taxa é de 20%)
“Com pouco estoque entregue nos últimos anos, fica evidente que o problema do Rio de Janeiro não é o excesso de lajes, mas um problema econômico que afeta a região há anos. (…) A projeção da SiiLA para as próximas entregas contém pouco mais de 100 mil m², o que, considerando o cenário atual, pode pressionar ainda mais o patamar de vacância da região”, escreveram os analistas do Itaú BBA.
Desde o fim de 2017 o Rio não ganhava novas lajes corporativas de altíssimo padrão relevantes para o estoque total. Uma luz no fim do túnel está no fato de que alguns dos novos prédios já tiveram a inauguração adiada no passado:
“Olhando o copo meio cheio, os adiamentos podem ser um ponto a favor da redução da vacância, visto que a oferta de área pode não se expandir e, com isso, toda a demanda de locação vai para o estoque atual. Porém, como já mencionamos, a parte econômica da cidade tem que ajudar.”
Os novos prédios esperados são os seguintes:
- The City Business District Manhattan, na Barra da Tijuca, esperado para o fim de 2024 e com 17.692 metros
- Moinho Corporate, no Porto, com 85 mil metros e previsto para o começo de 2025
- Nova sede do Banco Central, no Porto, com 13.567 metros e esperado para o início de 2026
- Orla B Torre, no Flamengo, com 4.400 metros, previsto para o fim de 2026
Fonte: O GLOBO
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