Aparelho vai monitorar o clima na Região Metropolitana de Porto Alegre, do Vale do Taquari e da Serra Gaúcha

Com um raio de alcaRionce de 150 quilômetros, um novo radar meteorológico chegou ao Morro São João, na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul, de onde vai monitorar o clima na Região Metropolitana de Porto Alegre, do Vale do Taquari e da Serra Gaúcha, severamente afetadas pelas chuvas deste ano. O equipamento foi contratado em dezembro de 2023 pelo governo estadual, em busca de melhorias para o sistema de alertas.

Apesar de já estar no Brasil, a expectativa é que o aparelho desenvolvido e testado em Praga, na República Tcheca, seja instalado e comece a operar em uma torre já existente no morro somente ao longo do segundo semestre. As condições climáticas adversas, que dificultam o acesso ao local, vêm retardando o início das atividades, segundo as autoridades responsáveis.

O município de Montenegro foi escolhido pela posição estratégica, capaz de cobrir a Região Metropolitana, o Vale do Taquari e a Serra. Além disso, a área é de alta densidade populacional e ainda não contava com monitoramento mais detalhado e preciso.

Novo radar meteorológico do Rio Grande do Sul. — Foto: Arte O GLOBO

Adquirido pela Climatempo, empresa vencedora do processo de licitação no final do ano passado, e agora responsável por monitorar e emitir alertas em tempo real, o radar faz parte de um investimento que pode chegar a R$ 25,93 milhões em cinco anos. O edital inclui o estudo técnico para definir o local de instalação, a infraestrutura, a operação do radar e o monitoramento contínuo das condições climáticas.

Além dos informes em tempo real, a empresa vai ter que emitir boletins de previsão e alertas antecipados de eventos meteorológicos adversos de curto prazo (6 a 12 horas) e curtíssimo prazo (até 3 horas). Quem já está cadastrado no serviço de alertas por SMS da Defesa Civil gaúcha receberá as informações diretamente nos celulares.

Estrutura do radar — Foto: Divulgação/Defesa Civil

A iniciativa faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.

— Esse equipamento é um passo fundamental para robustecer nosso sistema de monitoramento, prevenção e proteção, pois amplia a precisão dos alertas à população, mecanismo primordial para salvarmos vidas. Seguiremos investindo, a partir dos estudos no âmbito do Plano Rio Grande, para tornarmos o estado uma referência em termos de resiliência climática — promete o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.

O equipamento se junta a outros radares da Aeronáutica, que já operam no Rio Grande do Sul, mas são destinados principalmente ao tráfego aéreo.

— A população está, assim como nós da Defesa Civil, aguardando com muita expectativa o início das operações dessa ferramenta que capacitará ainda mais a gestão de riscos e desastres — ressalta o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual de Proteção e Defesa Civil, coronel Luciano Chaves Boeira.


Fonte: O GLOBO