Mesmo com a decisão do TRE-AP, parlamentar segue em atividade na Câmara, já que o caso ainda será apreciado pelo TSE
Na quarta-feira, o colegiado rejeitou por unanimidade as contas de campanha da parlamentar, acusada de gasto ilícito do dinheiro público destinado às eleições de 2022. Ela foi acusada de usar R$ 9 mil do fundo eleitoral para cobrir as despesas de um procedimento estético no rosto.
A denúncia de malversação de dinheiro público foi feita ao Ministério Público Eleitoral do Amapá por uma ex-funcionária da deputada, e a representação foi enviada ao Tribunal Regional Eleitoral do estado.
Em nota, a assessoria de Silvia Waiãpi disse ter recebido a notícia sobre a cassação pela imprensa e alegou que as contas da parlamentar haviam sido julgadas e aprovadas previamente pelo TRE-AP. O comunicado destaca que deputada não foi intimada da decisão.
No processo, Maite Martins Mastop, ex-coordenadora da campanha de Silvia, relatou como teria pago o procedimento de harmonização facial da candidata, informou a coluna de Lauro Jardim, do GLOBO, em outubro de 2022.
Segundo o Ministério Público, o profissional responsável confirmou ter realizado o procedimento em Silvia, em Macapá. Em nota enviada à coluna, à época, o advogado da deputada disse que “os elementos constantes do noticiário são totalmente improcedentes, fruto de vingança pessoal e intrigas partidárias, bem como discriminação racial, dada a origem da declarante”.
No perfil do Instagram, Silvia Waiãpi se descreve como “Mãe, Avó, Indígena, Militar, Republicana Conservadora”. Ela afirma também ser “Defensora da Mulher, da Criança e da Família” e “Embaixadora da Paz”, além de deputada federal.
Silvia ficou conhecida nos anos 2000 por interpretar a índia Crocoká na novela “Uga Uga”, da TV Globo.
Apoiadora de Jair Bolsonaro, a parlamentar do PL foi eleita em 2022 com a bandeira de defesa dos indígenas. À época da campanha, ela reclamou ter recebido menos atenção do partido. Foi a deputada federal eleita menos votada no Brasil, com 5.435 votos, com apoio de políticos bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro, Damares Alves e Carla Zambelli.
Sílvia Waiãpi foi a primeira mulher indígena a entrar para o Exército Brasileiro, em 2011.
Investigada pelo 8/1
Antes de ser deputada federal, a bolsonarista foi secretária nacional da Saúde Indígena, pasta vinculada ao Ministério da Saúde. Posteriormente, ocupou cargo no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, órgão vinculado ao antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que tinha como liderança a ex-ministra Damares Alves.
Em 2018, foi uma das quatro mulheres integrantes do grupo de transição de Bolsonaro.
Silvia Waiãpi nem tinha assumido o mandato na Câmara quando foi incluída no rol de investigados por endossar os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Segundo a Procuradoria-Geral da República, nas redes sociais, a parlamentar publicou vídeos com a destruição da capital federal e escreveu uma legenda sobre a tomada de poder. Investigadores passaram a analisar se o conteúdo incorria em incitação ao crime.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada passou a ser investigada por postar vídeos dos ataques com a legenda “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”.
Em abril do ano passado, deputada bolsonarista foi repreendida por ter feito um comentário transfóbico. Ela afirmou na Câmara dos Deputados que era obrigada a aceitar “mulheres que são homens”. O discurso, feito durante uma sessão da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, foi interrompido pela presidente do colegiado, Célia Xakriabá (PSOL-MG), que lembrou que transfobia é crime.
Ao ser questionada pelo colega de Casa Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) sobre a legitimidade de sua identidade indígena, Silvia Waiãpi rebateu que não precisava do aval do deputado sobre sua etnia e fez o paralelo preconceituoso com mulheres transexuais. O parlamentar afirmou que a cultura indígena passa por um “estelionato” e que havia representantes que diziam representar os povos originários sem, de fato, representá-los.
Ao GLOBO, à época, Silvia Waiãpi reiterou o discurso que afirmou não ser transfóbico, mas uma reação ao ataque que recebeu.
Fonte: O GLOBO
A denúncia de malversação de dinheiro público foi feita ao Ministério Público Eleitoral do Amapá por uma ex-funcionária da deputada, e a representação foi enviada ao Tribunal Regional Eleitoral do estado.
Em nota, a assessoria de Silvia Waiãpi disse ter recebido a notícia sobre a cassação pela imprensa e alegou que as contas da parlamentar haviam sido julgadas e aprovadas previamente pelo TRE-AP. O comunicado destaca que deputada não foi intimada da decisão.
No processo, Maite Martins Mastop, ex-coordenadora da campanha de Silvia, relatou como teria pago o procedimento de harmonização facial da candidata, informou a coluna de Lauro Jardim, do GLOBO, em outubro de 2022.
Segundo o Ministério Público, o profissional responsável confirmou ter realizado o procedimento em Silvia, em Macapá. Em nota enviada à coluna, à época, o advogado da deputada disse que “os elementos constantes do noticiário são totalmente improcedentes, fruto de vingança pessoal e intrigas partidárias, bem como discriminação racial, dada a origem da declarante”.
No perfil do Instagram, Silvia Waiãpi se descreve como “Mãe, Avó, Indígena, Militar, Republicana Conservadora”. Ela afirma também ser “Defensora da Mulher, da Criança e da Família” e “Embaixadora da Paz”, além de deputada federal.
Silvia ficou conhecida nos anos 2000 por interpretar a índia Crocoká na novela “Uga Uga”, da TV Globo.
Apoiadora de Jair Bolsonaro, a parlamentar do PL foi eleita em 2022 com a bandeira de defesa dos indígenas. À época da campanha, ela reclamou ter recebido menos atenção do partido. Foi a deputada federal eleita menos votada no Brasil, com 5.435 votos, com apoio de políticos bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro, Damares Alves e Carla Zambelli.
Sílvia Waiãpi foi a primeira mulher indígena a entrar para o Exército Brasileiro, em 2011.
Investigada pelo 8/1
Antes de ser deputada federal, a bolsonarista foi secretária nacional da Saúde Indígena, pasta vinculada ao Ministério da Saúde. Posteriormente, ocupou cargo no Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial, órgão vinculado ao antigo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que tinha como liderança a ex-ministra Damares Alves.
Em 2018, foi uma das quatro mulheres integrantes do grupo de transição de Bolsonaro.
Silvia Waiãpi nem tinha assumido o mandato na Câmara quando foi incluída no rol de investigados por endossar os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. Segundo a Procuradoria-Geral da República, nas redes sociais, a parlamentar publicou vídeos com a destruição da capital federal e escreveu uma legenda sobre a tomada de poder. Investigadores passaram a analisar se o conteúdo incorria em incitação ao crime.
De acordo com o Supremo Tribunal Federal (STF), a deputada passou a ser investigada por postar vídeos dos ataques com a legenda “Povo toma a Esplanada dos Ministérios nesse domingo! Tomada de poder pelo povo brasileiro insatisfeito com o governo vermelho”.
Em abril do ano passado, deputada bolsonarista foi repreendida por ter feito um comentário transfóbico. Ela afirmou na Câmara dos Deputados que era obrigada a aceitar “mulheres que são homens”. O discurso, feito durante uma sessão da Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais, foi interrompido pela presidente do colegiado, Célia Xakriabá (PSOL-MG), que lembrou que transfobia é crime.
Ao ser questionada pelo colega de Casa Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) sobre a legitimidade de sua identidade indígena, Silvia Waiãpi rebateu que não precisava do aval do deputado sobre sua etnia e fez o paralelo preconceituoso com mulheres transexuais. O parlamentar afirmou que a cultura indígena passa por um “estelionato” e que havia representantes que diziam representar os povos originários sem, de fato, representá-los.
Ao GLOBO, à época, Silvia Waiãpi reiterou o discurso que afirmou não ser transfóbico, mas uma reação ao ataque que recebeu.
Fonte: O GLOBO
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