Conforme investigação, não só os pacientes da clínica mantida pelo suspeito eram vítimas, mas também os demais profissionais contratados e os parceiros do estabelecimento

Uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Minas Gerais aponta que o falso médico Bruno Cézar Lucchesi, de 37 anos, recebia cerca de R$ 40 mil por semana através de tratamentos, procedimentos e consultas médicas ilegais. Ele também possuía parceria com laboratório e uma farmácia, além de venda de medicamentos. A Polícia estima que ele atuava de forma irregular há pelo menos três anos.

Ele foi indiciado pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. Bruno atuava em clínicas na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e além dos crimes supracitados, também é acusado de emissão de atestado falso e exposição da vida ou da saúde das vítimas.

Apesar de ter formação como fisioterapeuta, Bruno se apresentava como médico. Ele tinha uma clínica onde atendia diversas áreas da saúde como terapia ortomolecular, ortopedia, medicina do esporte, traumatologia, emagrecimento e outros. Dessa maneira, segundo a delegada Gislaine Rios, ele se colocava como responsável de procedimentos exclusivamente médicos, mediante uso de anestésicos e prescrição de fármacos.

Fisioterapeuta que se passava por médico é preso em Belo Horizonte — Foto: Reprodução

A investigação teve início depois que uma paciente procurou a polícia para relatar um erro médico, após a realização de uma "harmonização íntima".

Conforme apurado, não só os pacientes da clínica mantida pelo suspeito eram vítimas, mas também os demais profissionais contratados e parceiros do estabelecimento, que acreditavam que o indiciado era formado em medicina ou tinha especializações na área de fisioterapia.


Fonte: O GLOBO