Material foi encontrado durante obras que fazem parte de um projeto de renovação no local

Um tesouro foi descoberto no porão da antiga casa do ex-presidente americano George Washington. Arqueólogos encontraram 35 garrafas de vidro com cerejas e outras frutas vermelhas, poucas semanas depois de duas outras embalagens do tipo terem sido achadas no mesmo local.

“Nunca, em nossos sonhos mais loucos, imaginamos esta espetacular descoberta arqueológica”, celebrou Doug Bradburn, presidente de Mount Vernon, residência do primeiro presidente dos Estados Unidos.

Segundo a rede de TV CBS, as garrafas foram enterradas em cinco poços no porão da mansão, ficando escondidas por cerca de 250 anos, com 29 das 35 permanecendo intactas até hoje. O material foi encontrado durante obras no imóvel que fazem parte de um projeto de renovação no local, que ainda está em andamento.

Garrafas de 250 anos são encontradas em antiga mansão do ex-presidente americano George Washington — Foto: Reprodução/Mount Vernon

George Washington viveu na residência, herdada da sua família, durante a maior parte da sua vida, assumindo sua administração em 1754. A partir de então, ele passou a implementar reformas e obras de melhoria no local, onde uma série de escravos ainda trabalhavam.

“As garrafas e o conteúdo são uma prova do conhecimento e habilidade dos escravos que administravam a preparação dos alimentos da árvore à mesa, incluindo Doll, a cozinheira trazida para Mount Vernon por Martha Washington em 1759 e encarregada de supervisionar a cozinha da propriedade", disseram autoridades de Mount Vernon.

“Esses artefatos provavelmente não viram a luz do dia desde antes da Revolução Americana, talvez esquecidos quando George Washington partiu de Mount Vernon para assumir o comando do Exército Continental”, explicou Bradburn.

Ainda segundo a CBS News, embora frágeis, as garrafas estavam preservadas, com "frutas, caroços e polpa intactos". Uma análise preliminar já identificou "54 caroços de cereja e 23 caules", "cuidadosamente cortados e deixados antes das cerejas serem engarrafadas".

“ [Trata-se de] uma oportunidade incrivelmente rara de contribuir para o nosso conhecimento do meio ambiente do século XVIII, dos hábitos alimentares das plantações e das origens da culinária americana”, descreveu Jason Boroughs, arqueólogo de Mount Vernon.


Fonte: O GLOBO