É o que mostra um levantamento da consultoria Bites, fornecido com exclusividade à equipe do blog. Na última semana, o número de pesquisas pelo nome de Marçal foi sete vezes superior à média alcançada por Nunes, Boulos, e os deputados federais Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União Brasil), que também pleiteiam a prefeitura.
Além do Google, a Bites também mapeou o desempenho de Marçal nas redes sociais. No período analisado pelo levantamento, o pré-candidato do PRTB concentrou 69% da atenção dos seguidores no critério da consultoria, que adota um algoritmo que interpreta a capacidade de um perfil gerar engajamento dentro de um universo específico.
Em números, o desempenho se traduz em 3,2 milhões de interações – quase sete vezes o desempenho do rival mais próximo, Kim Kataguiri, que registrou 570 mil. Guilherme Boulos teve 445 mil interações, enquanto Tabata alcançou 375 mil e Nunes, parcos 22 mil.
Marçal tem hoje 14,4 milhões de seguidores em seus perfis oficiais no X (ex-Twitter), Facebook, Instagram e YouTube.
A Bites também listou as publicações dos pré-candidatos com maior taxa de interações. Neste recorte, o empresário também impressiona: em um universo de 226 posts mapeados, os dez com maior índice de interatividade são de Marçal.
‘Efeito Marçal’
Para a Bites, o “efeito Marçal” foi impulsionado por dois episódios: a oficialização de sua pré-candidatura pelo PRTB, partido nanico ao qual se filiou para disputar o comando da cidade, no dia 24 de maio, e a divulgação da pesquisa AtlasIntel no último dia 28 colocando Marçal em um surpreendente terceiro lugar, com 10,4% das intenções de voto, atrás de Boulos (37,2%) e Nunes (20,5%).
O empresário ainda protagonizou um embate com Boulos na Câmara dos Deputados na última quarta-feira (5). O psolista o chamou de “coach picareta” e disse que esperava que “ele não vendesse a candidatura” para Ricardo Nunes.
A posição de Marçal nas pesquisas chegou a animar alguns bolsonaristas, que consideram Nunes vacilante em relação ao ex-presidente. Na última terça-feira (4), Jair Bolsonaro até se reuniu com Marçal em Brasília, mas reiterou seu apoio ao atual prefeito.
Antes do intervalo analisado pela consultoria, Marçal já havia aparecido nos holofotes durante o ápice da crise provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul.
Em uma das publicações de grande repercussão em seus perfis sobre a tragédia, acusou as Forças Armadas de inércia diante do trabalho de resgate às vítimas, o que levou o governo Lula a apontá-lo como responsável por disseminar fake news sobre o desastre gaúcho.
Ainda na avaliação de Bites, São Paulo pode ter a eleição de maior alcance digital da história da cidade – embora, como a própria consultoria ressalta, isso contraste com a “presença tímida” do incumbente Ricardo Nunes nas redes.
Fonte: O GLOBO
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