Megaevento para participantes do serviço de assinatura da plataforma cresce de dois para seis dias no Brasil, com mais 40 estações de entrega e 4 mil contratações temporárias

A Amazon iniciou na terça-feira a quinta edição do Prime Day no Brasil, a primeira com seis dias de duração, se estendendo até o próximo domingo, dia 21. No ano passado foram apenas dois dias. É um esforço para ampliar o alcance da megapromoção direcionada a integrantes do serviço por assinatura da varejista on-line — e atrair novos membros —, incluindo expansão na logística.

Para garantir agilidade, já que o Prime oferece frete grátis e entrega rápida, quatro mil funcionários temporários foram contratados, mesmo número de 2023. E a malha de estações de entrega subiu de 24 para 64 unidades desde o último Prime Day.

— Desde nossa chegada ao Brasil, em 2012, a Amazon vem expandindo e aprimorando sua rede logística no país. Hoje, já são mais de 80 polos logísticos espalhados por regiões estratégicas de Norte ao Sul, entre eles, dez centros de distribuição e 64 estações de entrega, com 40 novas estações adicionadas desde o último Prime Day — explicou Daniel Mazini, presidente da Amazon Brasil. — Essa estrutura é primordial para trazer ainda mais rapidez e abrangência para nossas entregas.

Mazini explica que, com a operação própria e ampliando o alcance em logística por meio de transportadoras parceiras, a Amazon entrega em todos os municípios do país. Em 200 deles, no dia seguinte à compra. Em 1.300, em até dois dias. Ao todo, a plataforma tem 18 mil empregados diretos e indiretos.

Centro de distribuição da Amazon, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. — Foto: Rebecca Maria/Agência O GLOBO

A expansão do evento, explicou o executivo, veio a partir da demanda dos membros do Prime no país, para que eles tenham mais tempo para explorar e aproveitar as ofertas exclusivas. Para garantir a diversidade de produtos com preços reduzidos, a Amazon iniciou negociações com parceiros e fornecedores “há muitos meses”, contou Mazini.

O empenho em divulgação do evento também foi redobrado, utilizando canais que vão do WhatsApp ao jogo eletrônico Fortnite, da Epic Games, e com uma expressiva oferta de cupons de desconto. Este ano, aliás, foi lançada uma página dentro do site da Amazon que lista diariamente os cupons aos quais os membros do programa por assinatura são elegíveis neste Prime Day. Ao todo, há ofertas em 30 diferentes categorias.

Força do Prime

A megapromoção é, ao mesmo tempo, reflexo do sucesso do Prime — no mundo são mais de 200 milhões de integrantes, o equivalente à população brasileira — e impulsionador do crescimento da base de assinantes do serviço.

— Acreditamos que o valor que o Amazon Prime agrega aos membros tem sido nossa maior força para uma tendência de crescimento no número de assinantes, a qual temos acompanhado desde o lançamento do programa no Brasil em 2019. O Amazon Prime foi projetado para tornar a vida dos clientes melhor, mais fácil, conveniente e divertida — destacou o presidente da Amazon Brasil.

Para Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem, a adição de mais dias é evolução natural deste tipo de evento, a exemplo do que ocorreu com a Black Friday e o Dia do Solteiro. O Prime Day, contudo, tem o efeito de crescer a base do serviço por assinatura da Amazon.

— Por pagar uma mensalidade, o consumidor tende a concentrar as compras na empresa para fazer isso valer, gera recorrência. E o Prime amarra todos os serviços do ecossistema da Amazon. Faz muito sentido investir tão forte nesse programa. Não se trata só de uma data promocional, de alavancar vendas, mas de divulgar o programa e atrair novos consumidores.

Incentivo antes de taxa

O Prime, além da entrega rápida e grátis, agrega outras promoções e serviços, como de streaming, músicas, livros e revistas, jogos eletrônicos. No leque de promoções no Prime Day estão produtos da loja de compras internacionais da Amazon.

Isso pode ser um incentivo a mais ao consumidor este ano, reconhece Yamashita, às vésperas da entrada em vigor da chamada “taxa da blusinha”, a cobrança de 20% de imposto de importação em compras de até US$ 50 feitas em plataformas digitais, que começa a vigorar em agosto.


Fonte: O GLOBO