Atleta se formou em projeto social na Chacrinha; ele tenta primeira vitória na segunda rodada dos Jogos de Paris nesta terça, contra sul-coreano

Oito anos depois de fazer História ao se tornar o primeiro brasileiro a disputar uma edição olímpica de badminton, Ygor Coelho tenta, nesta terça-feira, sua primeira vitória em Paris-2024. O atleta saiu derrotado na estreia contra o japonês Kodai Naraoka, por 2 sets a 0, e tenta sobreviver na competição contra o sul-coreano Jeon Hyuk-jin, pela segunda rodada do grupo J.

O brasileiro começou na modalidade quando tinha apenas três anos de idade. Ele começou a praticar o esporte numa quadra adaptada dentro de uma piscina vazia num projeto social da comunidade da Chacrinha, no Rio de Janeiro. Hoje com 27 anos, Ygor é um dos dois representantes do Brasil no badminton das Olimpíadas 2024. Desta vez, ele tem a companhia de Juliana Viana, de 19 anos, que conquistou a primeira vitória de uma brasileira em Jogos.

Ygor representou o Brasil na Rio-2016 e em Tóquio-2020. A mulher dele, Karine Sousa, viajou a Paris para torcer de perto pelo marido. Em entrevista ao badminton.org, o atleta destacou que seu ponto forte era a mente.

— Sou um jogador difícil de bater por causa da minha mente. Eles sabem que sempre estou no jogo — ressaltou Ygor, que já projetava um embate difícil contra o japonês na estreia e uma disputa acirrada com o sul-coreano na segunda rodada.

Ygor contou que o pai dele abriu um projeto social de badminton na Chacrinha depois de ver um professor com duas raquetes e uma peteca no Colégio Pedro II, onde trabalhava como inspetor.

— Ficou apaixonado por esse esporte. Ele colocou esse esporte na comunidade dentro da piscina e eu jogava depois dos treinos da galera mais velha — lembrou o atleta.

Na carreira, Ygor Coelho tem entre os principais títulos a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019. Juliana Viana, por sua vez, conquistou a medalha de bronze no Pan-Americano de Santiago, em 2023, nas duplas femininas, e foi campeã Sul-Americana no individual em 2022.


Fonte: O GLOBO