Plano original seria iniciar um motim no dia 30 de junho, aproveitando o tumulto para tomar o Parlamento e derrubar o comando político e militar
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) anunciou que frustrou uma suposta tentativa de golpe de Estado nesta segunda-feira, prendendo dois suspeitos de arquitetarem o levante. De acordo com as autoridades ucranianas, os golpistas teriam reunido 2 mil pessoas, incluindo militares, e tinham a intenção de tomar o Parlamento e derrubar o governo.
O SBU informou, em uma publicação no Telegram, que os organizadores da tentativa de golpe planejavam ter iniciado um motim em Kiev no último domingo, 30 de junho, como uma distração para tomar o controle do Parlamento da Ucrânia e remover as lideranças militares e políticas do poder.
De acordo com a Procuradoria-Geral da Ucrânia, citada pela CNN, o indicado pelo SBU como líder da tentativa do golpe alugou um salão com capacidade para 2 mil pessoas e recrutou militares e guardas armados de empresas privadas para “realizar a tomada” do Parlamento.
“Para implementar o plano criminoso, o organizador principal envolveu vários cúmplices – representantes de organizações comunitárias de Kiev, Dnipro e outras regiões”, disse o SBU.
A publicação não informou se a tentativa de golpe teria algum laço direto com a Rússia, mas quatro suspeitos foram identificados e presos. Armas, munições e equipamentos eletrônicos com possíveis dados sobre a tentativa de golpe foram apreendidos.
O complô, segundo o discurso das autoridades, tinha semelhanças com uma série de outras tentativas que os serviços de segurança ucranianos relataram mesmo antes da invasão russa. Em novembro de 2021, Zelensky disse numa conferência de imprensa que os seus serviços de segurança tinham frustrado um complô para derrubar o seu governo.
Apenas um mês antes de o Kremlin ordenar a invasão em grande escala, o governo britânico disse que Moscou estava a desenvolver planos para orquestrar um golpe na Ucrânia para instalar um líder pró-Rússia.
Na época, autoridades de inteligência disseram que estavam tornando públicas suas preocupações sobre a intromissão russa nos assuntos internos da Ucrânia para tentar evitar uma nova escalada. (Com NYT)
Fonte: O GLOBO
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