Autoridades confirmaram nesta semana que atletas israelenses receberam ameaças antes dos Jogos

Um esquadrão antiterrorismo de elite da França foi deslocado para acompanhar e garantir um "anel de aço" para proteger atletas de Israel no primeiro evento olímpico do país em guerra em Paris. A ação acontece após diversas convocações para manifestações pró-Palestina durante o período dos Jogos Olímpicos.

Nesta quarta-feira, o time de futebol de Israel disputa sua primeira partida contra Mali, já com a Brigada de Pesquisa e Intervenção (BRI) da França patrulhando os torcedores, segundo o jornal Telegraph.

Autoridades confirmaram nesta semana que atletas israelenses receberam ameaças antes dos Jogos. Agentes israelenses armados também foram enviados a Paris em meio a uma tensão crescente devido ao conflito entre Israel e Hamas. A tensão para a partida de quarta-feira também se explica pelo fato de que Mali cortou todos os laços diplomáticos com Israel após a Guerra do Yom Kippur de 1973.

O Exército francês adotou "meios excepcionais" para garantir a segurança dos 10 mil atletas que participarão da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Numa área de quatro quilômetros de comprimento e dois de largura, um batalhão de cerca de 800 soldados ultraespecializados está mobilizado há quase 15 dias para uma operação de segurança em grande escala que culminará no dia 26 de julho, dia do desfile fluvial que marcará o início de Paris-2024.

Entre os 800 soldados mobilizados estão mergulhadores de combate, "parcialmente responsáveis ​​pela segurança da parte subaquática"; barcos fluviais, que controlam áreas no Sena; agentes de inteligência que operam drones; e outras equipes com cães e grupos responsáveis ​​por intervir em eventuais imprevistos e tornar, inoperantes, por exemplo, drones que invadam o perímetro.

Outra preocupação dos franceses é o terrorismo. No fim de maio, o governo informou que um jovem de 18 anos foi preso preventivamente, acusado de planejar um ataque ao estádio de Saint-Étienne, que sediará partidas de futebol. Ele atuaria em nome da ideologia jihadista do grupo Estado Islâmico, “para morrer e se tornar um mártir”.


Fonte: O GLOBO