O advogado também deu mais explicações para a viagem de Gusttavo Lima para a Grécia, que teve como convidados José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta — donos da Vai de Bet e procurados pela Justiça brasileira

Gusttavo Lima durante férias na Grécia, em 2024 — Foto: Reprodução / Instagram

Deflagrada no início do mês, a Operação Integration, realizada pela Polícia Civil de Pernambuco, teve como um de seus alvos o cantor sertanejo Gusttavo Lima, que chegou a ter um pedido de prisão expedido — e já revogado — pela Justiça. O sertanejo ainda está nos Estados Unidos, mas segundo afirmou o advogado Cláudio Bessas, ele deve voltar de até a próxima quinta-feira para cumprir agenda de shows no Brasil.

Quando Gusttavo Lima volta ao Brasil?

Bessas disse que Gusttavo Lima está a trabalho nos Estados Unidos acompanhando negócios que o cantor tem no país. O advogado explicou que Gusttavo costuma retornar ao país um ou dois dias antes de retomar sua agenda. O cantor tem shows marcados em Marabá (PA) na sexta (27) e em Parauapebas (PA), no sábado (28).

Gusttavo Lima ao lado de André, dono da Vai de Bet, e de Aislla Rocha e Andressa Suíta, suas respectivas mulheres — Foto: Reprodução/Redes sociais

O advogado também deu mais explicações para a viagem de Gusttavo Lima para a Grécia, que teve como convidados José André da Rocha Neto e Aislla Sabrina Truta — donos da Vai de Bet e procurados pela Justiça brasileira. Segundo o Bessa, Gusttavo levou os convidados para o país, mas negou que o cantor tenha abrigado foragidos.

Uma "carona" de Gusttavo a José André e sua esposa, inclusive, foi um dos argumentos que motivou o pedido de prisão do cantor, uma vez que ele levou o casal em seu jatinho em viagem pela Europa, mas não retornou com os dois, que eram considerados foragidos da Justiça até serem beneficiados pelo HC que soltou Deolane.

— Gusttavo levou sim os convidados que ele quis levar para comemorar o aniversário dele naquele país [Grécia]. Saiu daqui no dia 1º, no dia 3 foi a festa de aniversário de Gusttavo e, no dia 4, foi deflagrada a Operação Integration com cumprimentos de mandados de busca e apreensão. Vejo uma infelicidade muito grande da juíza ela citar a viagem como uma forma que Gusttavo deu guarida para foragidos da Justiça. Isso não existiu — declarou a defesa do cantor.

Gusttavo Lima aparece em investigação por venda de avião a foragido da mesma operação que prendeu Deolane Bezerra — Foto: Reprodução/Instagram

Revogação da prisão de Gusttavo Lima

A Justiça de Pernambuco revogou, nesta terça-feira, a ordem de prisão contra Gusttavo Lima. A decisão é do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, o mesmo que na noite de ontem acolheu um habeas corpus impetrado pela defesa de Darwin Filho, dono da Esportes da Sorte, e estendeu o benefício aos demais investigados que se encontravam presos, entre eles, a influenciadora Deolane Bezerra.

A decisão da 12ª Vara Criminal da Capital também determinava a suspensão do passaporte do sertanejo e do certificado de registro de arma de fogo. Na nova decisão, o desembargador Maranhão também afastou as duas restrições. Ele afirma ainda que as justificativas usadas para fundamentar o pedido de prisão "constituem meras ilações impróprias e considerações genéricas".

Em relação a viagem à Grécia feita por Gusttavo Lima com outros dois investigados, o desembargador afirma que não existem elementos para apontar que o cantor deu "guarida aos foragidos", como apontado pela juíza. Isso porque a decretação do pedido de prisão é anterior.

— Se eles viajaram daqui do Brasil para a Grécia com o Gusttavo e, chegando lá, houve a notícia da deflagração dessa operação, e se eles não voltaram com o Gusttavo, isso não configura que o Gusttavo deu guarida. Pelo contrário, se o Gusttavo tivesse colocado eles dentro do avião e levado para qualquer outro país, aí sim. Mas tem todo um registro de passageiros junto à Anac — disse o advogado de Gusttavo ao UOL.

Por meio de nota, a defesa do cantor disse que a "inocência do artista será devidamente demonstrada, pois acreditamos na justiça brasileira". "Ressaltamos que é uma decisão totalmente contrária aos fatos já esclarecidos pela defesa do cantor e que não serão medidos esforços para combater juridicamente uma decisão injusta e sem fundamentos legais", diz o texto.


Fonte: O GLOBO