Adriano Bachega é o segundo jornalista a sofrer um atentado em menos de uma semana no país


O editor-chefe do site Diário Digital Online, Adriano Bachega. Foto: Reprodução/Redes Sociais

Porto Velho, RO - O jornalista paranaense, Adriano Bachega, de 53 anos, foi executado a tiros nesta terça-feira 3 na Avenida Lázaro Cárdenas, entre as cidades de Monterrey e San Pedro Garza García, em Nueva León, no México. Natural de Araucária, ele chegou a atuar na antiga Odebrecht na área industrial em Vera Cruz até 2011, quando se naturalizou mexicano e fundou o site de notícias Diário Digital Online.

Segundo o portal mexicano ABC Notícias, Bachega estava dirigindo o próprio carro por volta das 9h45 da manhã pela avenida quando foi atacado com dez tiros. O veículo do brasileiro perdeu o controle e avançou até colidir em um canteiro central na avenida. A polícia mexicana encontrou cerca de 10 cartuchos de armas de fogo no local e atualmente investiga as motivações do crime.

Bachega pode não ter sido um caso isolado. No último domingo, Victoria Monserrat García Álvarez, repórter de Marmat Noticias, foi baleada enquanto estava abordo de seu veículo. A proximidade dos casos fez com que o Congresso de Nuevo León tenha aprovado um apelo para que o governador do estado, Samuel García, reforce a segurança dos jornalistas.

Em 2010, o irmão de Ricardo Martinez Tijerina, também jornalista e esposo de García, foi raptado por homens armados e seu corpo encontrado dias depois com sinais de tortura e tiros.

Morador de San Pedro Garza García, Bachega se apresentava como um profissional que havia fundado sete empresas, das quais três faliram – o que lhe garantia expertise no mercado. O veículo fundado pelo jornalista é apresentado como uma fonte de notícias sobre o México e o mundo com uma grupo de repórteres totalmente mexicano.

Nas redes sociais, o cantor sertanejo Weslen Bachega postou uma mensagem de despedida ao irmão, afirmando que na última segunda-feira ambos conversavam sobre passagens já compradas para a família se reunir no México.

CartaCapital entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores sobre o caso e aguarda retorno.

Fonte: Carta Capital